Dia Mundial da Alfabetização
Diariamente a maioria de nós utiliza a escrita e a leitura para orientar-se no mundo. A ação é tão corriqueira que passa despercebida, mas vamos fazer um exercício de reflexão. Imagine você tentando se orientar no Japão sem entender um único traço da escrita local, pense que você vive ali e só tem a comunicação verbal como meio para orientação. Placas, informações simples para locomoção ou escolha de produtos não é possível, a não ser com a intermediação de outras pessoas.
É assim que milhões de pessoas vivem em seu próprio país, sem conseguir acessar informações simples e cotidianas de forma autônoma. Para conscientizar sobre essa realidade é que foi criado o Dia Mundial da Alfabetização, destacando a importância social de garantir o acesso à educação básica.
No Brasil do século XXI esse ainda é um problema grave, hoje ainda temos cerca de 11 milhões de jovens e adultos que não sabem ler e escrever. Esses são os dados que representam o analfabetismo absoluto, mas ainda lidamos com o analfabetismo funcional, que é a incapacidade de compreender textos ou fazer cálculos simples.
Nesse último caso os números são ainda mais alarmantes, cerca de 38 milhões de pessoas no país limitam seus conhecimentos a escrita e leitura de palavras ou frases, mas não conseguem compreender na íntegra um parágrafo de um texto. Isso significa que não basta ensinar o letramento, é preciso investir na qualidade da educação e num modelo continuado de formação.
O analfabetismo tem reflexo direto na economia do país e na permanência da desigualdade social elevada. Isso porque as pessoas que não sabem ler ou escrever, na grande maioria, ficam relegadas aos piores postos de trabalho, vivendo muitas vezes na informalidade e sem acesso ou conhecimento sobre seus direitos básicos. Nesse contexto, alfabetizar é também garantir cidadania.
Para o enfrentamento de um problema estrutural é preciso a integração e comprometimento entre sociedade civil e poder público, identificando ações que possam ser desenvolvidas no curto, médio e longo prazo. Por isso destacamos algumas iniciativas que podem servir de exemplo ou fornecer material didático gratuito para que todos colaborem para mudar essa realidade:
Centro de Referência e Memória da Educação Popular e Educação de Jovens e Adultos do Rio de Janeiro
Centro de Referência Paulo Freire
Banco Internacional de Objetos Educacionais
A Quero me Formar tem o compromisso de contribuir para uma educação de qualidade. Acompanhe nosso Blog e nossas ações e colabore você também!
Quer testar seus conhecimentos? Nós separamos 10 questões do Encceja passado para te ajudar a conhecer o modelo das provas e de quebra identificar como anda sua preparação.
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